domingo, 23 de março de 2025

Uma lição da Wellhub para marcas humanas

 

Uma senhora de coque branco e um jovem tatuado dividem um tapetinho de ioga. Um executivo estressado solta gargalhadas em uma aula de luta ao lado de uma influenciadora digital. A princípio, tudo parece uma brincadeira de roteiro. Mas é justamente aí que mora a força da nova campanha da Wellhub: no encontro improvável que vira espelho da vida real.

“Todo mundo pode fazer parte” — esse é o convite da marca que, antes conhecida como Gympass, agora se apresenta com uma nova proposta: ser ponte entre empresas e bem-estar. E mais do que apresentar funcionalidades ou planos corporativos, a Wellhub aposta em algo mais potente: histórias que conectam pessoas com experiências que fazem sentido.

O mercado da comunicação corporativa está saturado de discursos vazios sobre “qualidade de vida no trabalho”. O diferencial da campanha está em sua simplicidade: ela mostra, não explica. Ela toca, não apenas informa. Ela aproxima. No lugar do tom corporativo e previsível, entra um discurso visual leve, inclusivo e altamente estratégico. Isso não é acaso — é storytelling com propósito.

Segundo Kotler e Keller, marcas fortes não vendem apenas produtos: elas criam significados. A Wellhub entende isso e transforma sua solução em uma experiência. E o mais interessante é que, embora fale com decisores do RH e gestores empresariais, a linguagem é universal, emocional e acessível, pensada para todos os corpos que ocupam o espaço de trabalho — com suas dores, limites e desejos de equilíbrio.

Na lógica da campanha, bem-estar não é luxo nem privilégio: é um direito possível. E para mostrar isso, a marca escolheu o caminho da empatia. Não há modelos perfeitos, mas gente comum. Não há promessa de transformação milagrosa, mas sim uma celebração do que já existe: encontros humanos que geram saúde — física, mental e relacional.

Pesquisas da Deloitte apontam que o bem-estar é, hoje, prioridade estratégica em empresas de todo o mundo. Mas para além do discurso, poucas marcas conseguem materializar essa ideia de forma verdadeiramente envolvente. A Wellhub faz isso sem parecer “fitness de LinkedIn” ou “propaganda de aplicativo”: faz com verdade. Com sutileza. Com gente.

A força da narrativa também é respaldada por estudos como os de Herskovitz e Christy, que demonstram o impacto do storytelling no gerenciamento de marcas. Rosane Bezerra, no contexto brasileiro, amplia essa visão ao mostrar como a publicidade se fortalece quando deixa de apenas persuadir para também contar — e representar.

O vídeo da campanha é curto, mas deixa ecos duradouros. Ele diz que não importa sua idade, seu corpo, sua rotina ou sua profissão: existe um espaço para você dentro do bem-estar — e, por extensão, dentro da empresa que você trabalha. Isso é posicionamento com sensibilidade. E isso é marketing que transforma.

Na prática, a Wellhub entrega mais do que um serviço: entrega uma proposta de cultura organizacional. E ao fazer isso por meio de um roteiro que poderia acontecer em qualquer esquina do Brasil — inclusive no Centro-Oeste, no coração do Mato Grosso do Sul — a marca se aproxima das pessoas com afeto e verdade.

Num mundo corporativo onde números ainda tentam falar mais alto que pessoas, a Wellhub lembra que o que nos move são as histórias — e que o bem-estar começa onde a comunicação toca.