terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Precisamos urgente de regulação online antes que a internet vire um território sem lei

 


A internet hoje é como a Nova York dos anos 70 retratada em "O Poderoso Chefão": um lugar de oportunidades, mas onde todo mundo quer uma fatia do poder, e os que não seguem as regras acabam "dormindo com os peixes". Enquanto isso, as grandes plataformas de tecnologia agem como as "Cinco Famílias", cada uma cuidando do seu território, mas sem um "Consigliere" para manter a paz. O resultado? Uma guerra digital onde dados são a nova "proteção", fake news são "tiros na cabeça" da democracia, e os usuários? Estão lá, como "Fredo", sem entender direito quem está no comando.

"Não leve para o lado pessoal" – O Marco Civil e a ilusão de controle

Em 2014, o Brasil fez uma "oferta que não podia recusar": o Marco Civil da Internet. Na época, parecia um acordo perfeito, como quando Vito Corleone garantia segurança em troca de lealdade. A lei prometia liberdade, privacidade e neutralidade. Mas, assim como a paz entre as famílias da máfia, durou pouco. O Marco Civil virou um "acordo de cavalheiros" quebrado todos os dias. Plataformas agem como "soldados" que escolhem quando obedecer — removendo um post aqui, ignorando um crime ali — enquanto usuários são deixados na sala de espera, como "Luca Brasi", sem saber se vão sair vivos.

A brecha está no Artigo 19: as plataformas só são obrigadas a tirar conteúdo ilegal se um juiz mandar. Isso é como pedir a Don Corleone para resolver um problema sem dar tempo de ele "fazer justiça". Enquanto a justiça se arrasta, uma fake news sobre eleições vira um "cavalo sem cabeça" na cama do usuário. E aí? Quem paga o preço somos nós, os "associados" de baixo escalão.

"Uma máquina de fazer dinheiro" que ninguém controla

Meta, Google, Twitter… São as "Cinco Famílias" do Vale do Silício. Elas comandam o jogo, definem as regras e lucram como o "Barzini" na sombra. Seus algoritmos são os "capangas" que decidem o que você vê, como um "Michael" calculista que sempre mira no que gera mais engajamento. Ódio? Polêmica? Isso vende mais que amor. E elas sabem.

O Facebook já foi pego permitindo anúncios direcionados a grupos extremistas — uma jogada digna de "Moe Greene", que acha que pode controlar Las Vegas sem pagar o preço. O YouTube virou um cassino de teorias da conspiração, onde qualquer um pode apostar na próxima mentira viral. E o TikTok? É o "Johnny Fontane" dessa história: todo mundo dança, mas ninguém percebe que a música é uma distração.

O problema é que essas "famílias" não têm um "Padrinho" para prestar contas. Elas acumulam dados como se fossem "proteção", vendem sua atenção como "mercadoria quente" e, quando a coisa aperta, dizem: "Não foi pessoal, apenas negócios". Só que, para nós, é pessoal. Quando um discurso de ódio vira "tiro no pé" da sociedade, não dá para fingir que é só "parte do jogo".

"Uma proposta que eles não podem recusar"

Precisamos de um "Consigliere" para a internet brasileira — alguém como Tom Hagen, que saiba negociar sem perder a moral. A regulação não é sobre censura, mas sobre criar "regras de respeito". Imagine leis que obriguem as plataformas a agir rápido, como quando Sonny Corleone mandava os homens para resolver um problema "antes do café da manhã".

Alguns países já estão nessa. A Europa tem o GDPR, uma legislação que faz as plataformas tremerem igual "Paulie" na frente de Don Vito. Multas de até 4% do faturamento global? Isso é mais assustador que um "abraço do urso" de Clemenza. No Brasil, projetos como o PL 2630 (Leia-se: "Fake News Bill") tentam trazer esse equilíbrio, mas são sabotados por lobistas que agem como "Fredo" — traindo a confiança pública por um punhado de moedas.

"Eu acredito nos Estados Unidos" – E nós, acreditamos em quem?

Enquanto isso, o usuário comum está como "Kay", no final do primeiro filme: vendo as portas se fecharem e perguntando: "Michael, você é mesmo poderoso?". Compartilhamos fake news sem checar, damos like em ódio disfarçado de opinião e alimentamos algoritmos que nos tratam como "bonocos" — ingênuos que caem em qualquer promessa.

Mas há esperança. Assim como Michael limpou o nome da família (antes de tudo desmoronar), podemos exigir transparência. Checar fontes é como verificar se o "pistoleiro" está mesmo a seu favor. Cobrar das plataformas é como lembrar ao "Don" que seu poder vem do povo. E votar em quem prioriza regulação é escolher um "novo chefão" que coloque a casa em ordem.

"Deixe a arma, leve os Cannoli" – O futuro que podemos escolher

A internet não precisa ser um "acerto de contas". Pode ser um lugar onde negócios e ética coexistem, como o restaurante de Amerigo Bonasera — um espaço de respeito, onde até o Don tira o chapéu. Regulação não é sobre controlar, mas sobre garantir que ninguém precise "dormir com os peixes" por pensar diferente.

Para isso, precisamos de leis que sejam "uma oferta que não podem recusar": claras, justas e aplicadas sem medo. Precisamos de uma "Anvisa Digital", um órgão forte como o Exército de Michael em Cuba, mas que lute pelo bem comum. E, principalmente, precisamos lembrar que, na internet como na máfia, "quem não é amigo, é inimigo" — e hoje, nossa maior inimiga é a impunidade.

"A luta continua" – E o padrinho? Somos nós.

Enquanto as "Cinco Famílias" do Vale do Silício brigam pelo poder, nós, usuários, temos uma arma mais poderosa que qualquer algoritmo: a consciência. Chega de ser "Fredo", traído pela própria ingenuidade. É hora de ser como Michael no seu auge: estratégico, implacável e, acima de tudo, justo. Porque, no fim, a internet só será livre quando deixar de ser um "negócio" para virar uma "família" — onde todos têm seu lugar, mas ninguém está acima da lei.

"Lembre-se: ou sua mente controla o algoritmo, ou o algoritmo controla você."