Meu cachorro, por exemplo, me ensina todos os dias sobre lealdade. Ele me espera na porta, me recebe com festa como se eu fosse a melhor pessoa do universo e não se importa se eu tive um dia ruim ou se estou de mau humor. Para ele, a minha presença já basta. Com ele, aprendi que estar presente é mais valioso do que qualquer palavra bem escolhida. Ele me lembra que o amor é feito de gestos, e que às vezes basta sentar ao lado de alguém para dizer tudo.
Já meu gato tem uma abordagem completamente diferente, mas igualmente intensa. Ele me ensina sobre respeito e autonomia. Diferente do meu cachorro, que pula de alegria toda vez que me vê, o gato vem quando quer, do jeito que quer. Ele me mostra que amor não é controle, mas liberdade. Ele não precisa estar grudado o tempo todo para demonstrar afeto. Às vezes, é um olhar de canto, uma patinha repousada sobre mim, um ronronar discreto quando se aninha no meu colo. Ele me ensina que amar também é dar espaço, é permitir que o outro seja como é, sem expectativas sufocantes.
Juntos, cachorro e gato me ensinam que amor pode ser intenso e vibrante, mas também pode ser silencioso e sutil. Meu cachorro me mostra que o amor está na empolgação de reencontrar alguém todos os dias, e meu gato me ensina que o amor também está na paciência de esperar o tempo do outro. Ambos me lembram que o amor verdadeiro não vem com cobranças. Ele acontece porque sim, porque faz sentido, porque estar junto é natural.
Talvez seja por isso que a relação com os pets é tão especial. Eles não esperam nada além do que podemos oferecer. Eles não se importam se estamos bagunçados, se erramos ou se tivemos um dia péssimo. Eles não questionam nossas falhas nem fazem joguinhos emocionais. Eles só amam. E nos ensinam, sem dizer uma palavra, que amor de verdade não exige explicações. Ele simplesmente existe.
