terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Quem guia quem, você ou a IA?


A pesquisa recente do IAB Brasil, revelada pela Forbes, expôs uma verdade que paira sobre o mercado: a maioria dos líderes de marketing no país já utiliza Inteligência Artificial em suas estratégias. Um dado que, à primeira vista, pode soar como sinal de evolução e maturidade do setor. Mas, ao olharmos mais de perto, percebemos que a relação entre profissionais de marketing e IA é menos sobre sintonia e mais sobre improviso.

Implementar IA não é apertar um botão e esperar magia. Os algoritmos podem ser potentes, mas sua eficácia está diretamente ligada à capacidade humana de direcioná-los. E é justamente aqui que mora o ponto cego: estamos treinando os profissionais para extrair o melhor da IA?

A verdade é que, em muitas agências e departamentos de marketing, a IA é usada como um remendo rápido, sem que haja compreensão profunda de suas potencialidades. O risco disso é claro: má interpretação dos dados, campanhas robotizadas e resultados abaixo do esperado.

Saber o que perguntar à IA é tão importante quanto saber o que fazer com a resposta. Um prompt mal elaborado, uma estratégia sem objetivo claro ou uma leitura apressada dos insights gerados podem transformar uma ferramenta revolucionária em um tiro no pé.

Não basta ter a IA como aliada; é preciso dominar sua lógica, entender seus limites e potencializar seus acertos. Isso exige qualificação contínua e, sobretudo, pensamento crítico.

Por isso, o verdadeiro desafio não é apenas implementar a IA, mas sim capacitar profissionais para extrair dela o que há de melhor. A tecnologia está à mesa; o que falta é maturidade estratégica para transformá-la em diferencial competitivo. Quem compreender isso primeiro, não apenas liderará o mercado, mas o redefinirá."